quinta-feira, 4 de março de 2010

O EMBUSTE DO FALSO CRISTIANISMO







“... Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer o que elas querem ouvir...” II Tm 4.3 - NTLH

Ao que me parece o tempo sugerido por Paulo chegou. E como diz o poeta “Chegou para Ficar”. Temos visto em nosso dia a dia a avalanche de informações que caem sobre nosso povo, e a mesma, tem sido responsável por produzir na mente das pessoas um certo tipo de confusão face às verdades ensinadas pela Bíblia; contudo, “... O Senhor não é um Deus de confusão...” (I Cor 14.33) conforme disse o apóstolo das gentes, e assim sendo, obviamente, esta confusão não vem de Deus.

A pressão do pósmodernismo tem criado uma nova consciência, onde a tolerância é aclamada, e por conta dela, o pragmatismo está dentro de nossas Igrejas. Olhando para a situação da Igreja Evangélica nos Estados Unidos, fico assustado, pois a tendência é do quadro se repetir no Brasil, pois: a) somente um quarto das famílias americanas são compostas de pais casados e com filhos; b) uma, em cada quatro criança, nos E.U.A. nasce de uma mãe solteira; c) em 1960 apenas 243.000 crianças viviam em lares de pais solteiros; em 1993 o número foi para 6.300.000; d) entre 1970 a 1993 o número de divórcios triplicaram ; e) no Brasil o número de divórcios aumentou de 12% para 30% apenas no ano de 2003 .

Será que o cristianismo está falhando, ou será que as pesquisas acima refletem que nosso povo está precisando de mais Bíblia e menos “programas”; mais Pregação do Evangelho e menos “eventos especiais?” Lembro-me das palavras de J.I. Packer ,quando o mesmo, cita Francis Schaeffer: “...Schaeffer reconhecia que a credibilidade do Cristianismo exige que a verdade não seja meramente defendida, mas também praticada; não só discutida, mas também vivida...” . Entendo que Schaeffer quer dizer que o Cristianismo é muito mais ética do que apologética; é muito mais vida do que a estética proporcionada pelos grandes eventos.

Em nossas mensagens temos orientado o povo a andar na contra mão do mundo; contudo acrescento, não só na contra mão do mundo, mas na contra mão do evangelho falso, sem cruz, sem renúncias, sem a negação de si mesmo. O embuste do falso evangelho é tão sutil, que o homem na qualidade de criatura, em muitos momentos, é colocado na posição de “criador”; ahhh... como Romanos 1.25 é atual. Na verdade a história se repete, e assim como os gregos criaram para si “deuses” das quais suas características (as dos deuses) identificavam-se com as intenções dos corações humanos, sustentando suas paixões, invejas, concorrência; assim, da mesma maneira, muitas igrejas são formadas nos dias de hoje. Por que o surgimento de tantas igrejas? Para satisfazer as diversas vontades humanas! Por que tantas heresias? Para satisfazer os desejos humanos! Aprecio muito as palavras de A.W. Tozer quando, em linhas gerais, define heresia: “...heresia é escolher o que você quer crer, ou no mínimo, desprezar o restante...” .

O embuste do falso evangelho está na escolha e na criação de doutrinas que as pessoas querem crer. Como é atual a situação que Amós viveu! Vejamos o quadro: a) o sumo sacerdote Amazias, por exemplo, não pertencia à classe sacerdotal e possivelmente tivesse sido nomeado pelo rei; b) o povo estava vivendo cerca de 170 anos adorando o bezerro de ouro; c) os pobres além de serem subjugados pelo estado, eram usurpados pelos ricos. Hoje não é diferente do ponto de vista político e social, entretanto no plano espiritual a situação caminha da mesma forma; quantos líderes têm liderado espiritualmente sem o devido preparo e quantas pessoas os tem seguido? Dou plena razão a Oswald Sanders, quando diz que: “somente pessoas espirituais podem liderar espiritualmente” .

Nossa luta para manter nosso povo seguro dentro de nossos arraiais é desleal, enquanto nosso rebanho nos ouve cerca de seis a oito horas por semana, somos ameaçados por programas televisivos que oferecem cerca de doze a treze horas de evangelho fácil por dia.
Enquanto orientamos nosso rebanho a manter um contato diário com a Bíblia, a Palavra de Deus, com a oração, no exercício das disciplinas espirituais, nosso adversário procura materializar a fé de nosso povo, desprezando o conceito de “tipo e Antítipo, através da ressurreição de vários símbolos (óleo, manto, réplica da Arca da Aliança, candelabro, kipá, etc) onde eles possam ver e tocar; é “vendido” e comprado por muitos, o evangelho fácil, sem esforço pessoal, sem lutas e sem trabalho, entretanto somente no dicionário é que o sucesso vem antes do trabalho.
Termino com a pergunta: O que fazer para lutar contra o embuste do falso evangelho?
A Bíblia responde:
“... pregue a mensagem e insista em anuncia-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda paciência...” II Tm 4.2.

Que Deus nos abençoe e nos dê sabedoria para cumprirmos o ministério que Ele nos deu.

Adalberto Fagundes
(Th.B pela FTBSP; Mestre em Divindade pela
Cohen University Theological & Seminary – U.S.A
Doutorando em Teologia pela mesma Universidade)
pr.adalberto@itelefonica.com.br
BIRIGÜI

2 comentários:

  1. Pr. to vendo que já conseguiu inserir texto no blog..é isso ae, ta aprendendo !!! auhauahuah
    Só ta faltando um msn agora...auahuahuahauh

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  2. Passsttooorrr Adalbertooo!!! tudo bem? é o joão ricardo! e aí? será que o senhor, dentro de um futuro proximo, poderia postar uma mensagem sobre sustentabilidade e a importância de cuidar do meio ambiente?
    um abraço!!!!
    joão ricardo!

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